sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Confuso, totalmente confuso, é assim que eu me sinto.

Citando Sócrates, só sei que nada sei. 

Já cheguei a dezenas de conclusões: primeiro estava certo que a dor era de amor; depois comecei a achar que era culpa; agora to achando que é sentimento de posse, o que é uma coisa muito ruim, e me deixa ainda mais pra baixo.

Só sei que a dor não passa, nem a vontade de estar com ela.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Eu sei

Eu sei que a dor passa, aos poucos, mas passa.

E que enquanto a dor não passar, tenho me afastar. Que isso não se trata de uma questão de orgulho próprio, mas de sobrevivência. 

Que é preciso aceitar a realidade do fim, que ele existe e independe da minha vontade. 

Sei que é preciso perdoar. O perdão apaga a raiva e a tristeza por ter sido abandonado e deixa o coração mais leve.

Que devo "sepultar os mortos, cuidar dos vivos e fechar os portos". Não me deixar levar pelo desespero.

Mas o que fazer enquanto a dor não passa? Só ficar afastado não é suficiente. 

Como aceitar o fim? O fim não é realidade, é desespero!

Como perdoá-la se nem consigo me perdoar? 

Como enterrar o passado se não paro de pensar que é tudo culpa minha? 

Como cuidar de mim se nem me sinto vivo?

O que fazer se me sinto perdido, sem rumo e sem direção? "um barco sem porto, sem rumo e sem vela".


Considerações a respeito da A Perda do Parceiro Amado, do livro Saber Amar, do psicanalista Luiz Alberto Py